AVC também atinge jovens

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Apesar de figurar entre as doenças vasculares, primeira causa de morte no Brasil, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente chamado de derrame, é um completo desconhecido da população. Faz pelo menos 100 mil vítimas fatais todos os anos no país, mas apenas 1 em cada 10 brasileiros conhece os sintomas e é capaz de identificá-los. Mais alarmante ainda é o fato de a eficiência do tratamento estar limitada a apenas quatro horas e trinta minutos, contadas a partir dos primeiros sinais, uma janela terapêutica curta para uma enfermidade que os pacientes ignoram e que até os médicos têm dificuldades em diagnosticar.

No Dia Mundial de Combate ao AVC, comemorado hoje, o grande desafio é dar à doença a visibilidade e importância que merece, considerando ainda o forte impacto socioeconômico que gera, por ser uma das principais causas de incapacidade em adultos. “Estima-se que 25% dos pacientes ficam curados. Outros 25% saem com incapacidades importantes, como dificuldade para andar e comer. Mais 25% terminam completamente dependentes e o restante acaba morrendo. São percentuais que comprovam um custo social muito grande”, pondera Octavio Marques Pontes Neto, neurologista e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP e presidente da ONG Rede Brasil AVC.

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